A atriz Daniela Vega, destaque no último Oscar 2018, tanto pelo filme “Mulher Fantástica”, que recebeu o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (aliás, primeiro filme com uma protagonista transexual ter sido premiado na cerimônia), quanto por ser a primeira atriz transexual a apresentar uma categoria no Oscar seria homenageada no Chile, seu país natal, mas as leis locais, que não contemplam os transexuais e transgêneros, não permitiram isso.
Daniela seria homenageada com o prêmio de Cidadã Ilustre da sua cidade natal, Ñuñoa, no Chile, mas o prefeito cancelou a solenidade porque no país não é permitido os transexuais mudarem de nome no documento. Assim, Daniela seria homeneagda com seu nome de batismo, que é masculino e assim não respeita sua identidade de gênero.
O prefeito Andrés Zarhi chegou a explicar: "A quem estaremos entregando o prêmio? Se temos a identidade de um homem, não podemos entregá-lo à uma mulher".
Daniela chegou a criticar o país em uma declaração pública à imprensa: "Na minha identidade tem um nome que não é meu, porque o país onde nasci não me dá a possibilidade (de mudar o nome nos documentos). O tempo vai passando e estamos esperando".
Daniela chegou a encontrar com a ex-presidente Michelle Bachelet, que tem um projeto de lei desde 2013 que visa a aplicabilidade da identidade de gênero.