A grife brasileira Sérgio K, do estilista Sérgio Kalamakiam, trouxe a tona mais uma vez o machismo e homofobia presentes no futebol e na sociedade. Recentemente, veio a público, por meio das redes sociais, duas novas camisas da grife com os dizeres: “C. Ronaldo é gay” e “Maradona Maricon”. Obviamente, tais dizeres soam como xingamento e provocação.
Em recente entrevista o próprio estilista declarou: “A coleção tem a veia irreverente da marca e foi feita para quem quer torcer pelo Brasil, mas não quer usar camisa da Seleção. É uma resposta a tudo o que o Maradona já disse ao Brasil, ao Pelé. Não é homofóbica. Para mim, homofobia é outra história: não contratar gays, agredi-los... as camisetas não incitam violência”.
Já um comunicado oficial disse: ““A intenção da marca Sergio K. foi criar camisetas divertidas para a Copa e não fazer qualquer tipo de discriminação. Amplamente democrática, já teve em suas campanhas personalidades do universo gay como Amanda Lepore, ícone transexual, e de forma alguma tem uma postura preconceituosa a esse respeito. Sua última campanha foi fotografada com o modelo Oliver Mastalerz. A Sergio K é voltada para o público jovem e há quatro anos faz parceria com preservativos e distribuiu os mesmo gratuitamente em suas loja. A marca repudia qualquer acusação de preconceito ao publico gay e já manifestou por várias vezes o respeito por esse público em suas campanhas”.
Entretanto, a divulgação das camisetas na página oficial da Sergio K continha os dizeres: “Que tal cutucar os argentinos com uma frase provocativa estampada numa camiseta desconfiando da masculinidade de Maradona?”.
Ongs pró-LGBT, como a All Out, criou petições online exigindo desculpas públicas, suspensção das vendas e direcionamento dos lucros obtidos para ações de combate à homofobia.
As camisas foram comercializadas de maneira limitada, no valor de R$ 189 cada. Em pouco tempo esgotou.